Queridos amigos

30 agosto, 2007
Há dois meses estou passando por momentos difíceis com um sério problema de doença na família. É triste demais a gente acompanhar o sofrimento de uma pessoa querida. Tenho me perguntado se tanto progresso na medicina e na ciência justificam manter a vida de alguém em condições tão crueis e indignas, principalmente no caso de pessoas bem velhinhas e sem qualquer perspectiva de salvação. Por que tirar dessas pessoas o direito de morrer em casa, na sua própria cama, cercada por aqueles que a amam? Não seria mais humano ter quem lhes segurasse a mão nesses momentos finais?

Estou mal, amigos, meu corpo está cansado, porém o que dói é minha alma. Do corpo sei que acabo me recuperando, mas as imagens que ferem a fogo meu coração não sei se cicatrizarão. Não é a primeira vez que vivo uma situação como essa, e a cada vez as feridas vão se tornando mais profundas.

Eu queria poder estar escrevendo coisas mais agradáveis. Não é meu jeito comentar aqui problemas pessoais. No entanto, tenho recebido inúmeras mensagens, no blog e por email, perguntando o que anda acontecendo, qual o motivo da minha ausência, e percebi que não poderia me esquivar de responder.

Agradeço a todos, de coração, pelas palavras carinhosas, pela energia boa que recebo de vocês, e logo que me sinta melhor estarei de volta, também sinto falta desse nosso convívio.
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