Despedida... Paul Newman

28 setembro, 2008
Mais um extraordinário ator que parte. Morreu Paul Newman.

Pensei em escrever sobre sua morte, mas acabei decidindo por uma homenagem bonita, sem lamentos, como as emoções que seu talento me fez sentir. Escolhi, então, uma das cenas mais lindas do cinema, onde delicadeza e romantismo se fundem com perfeição. Inesquecível!

Paul, esteja em paz.


Raindrops keep falling on my head
Música de Burt Bacharach, na voz de B. J. Thomas

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Vinicius de Moraes - Ai, quem me dera...

23 setembro, 2008
Ai quem me dera, terminasse a espera
E retornasse o canto simples e sem fim...
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim

Ai quem me dera percorrer estrelas
Ter nascido anjo e ver brotar a flor
Ai quem me dera uma manhã feliz
Ai quem me dera uma estação de amor

Ah! Se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem ser casais

Ai quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afins
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim

Ai quem me dera ouvir o nunca mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E finda a espera ouvir na primavera
Alguém chamar por mim...

Imagem: Joan Miró
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Linguagem dos deuses

20 setembro, 2008
Os amigos que visitam o blog sabem o significado da música para mim. Não consigo lembrar de nenhum momento importante na minha vida, feliz ou triste, ao qual determinada música não esteja associada. O som das canções embalam também meus sonhos e me fazem seguir em frente para torná-los realidade.

Sou bem eclética a respeito de música, tanto que nem sei apontar gênero, compositor, banda, vocalista como "meu preferido". Isso depende do momento que esteja vivendo.
Há compositores magníficos, autores de músicas memoráveis, mas nem esses são sempre felizes numa criação. Outros, menos talentosos, por vezes, têm um "insight" e fazem uma obra-prima, apenas uma, são aqueles de um único sucesso. Claro que prefiro uns mais que outros, porém nada que se pareça com ser fã, na conotação comum da palavra. Sou fã da música, que na minha emoção considero a linguagem dos deuses, a linguagem universal.

Assim, se alguém que entre neste blog quiser me conhecer um pouquinho melhor, mesmo por mera curiosidade, basta conferir as músicas que costumo postar. Cada uma conta um pedacinho da minha história, revela minhas opiniões, meus sentimentos, meus sorrisos e minhas lágrimas.

Eu sou a Betty, muito prazer em conhecer você.
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Justiça para Flavia

15 setembro, 2008
Hoje, mais uma vez blogueiros se reúnem para clamar por justiça. Em janeiro de 1998, Flavia teve seus cabelos sugados pelo ralo da piscina do condomínio onde vivia com a mãe, Odele, e o irmão mais velho, Fernando. A menina, então com 10 anos, ficou submersa por vários minutos, teve parada cárdio-respiratória, jamais se recuperou, e vive em coma vigil até hoje, estado considerado irreversível pelos médicos que a tratam.

Odele processou os co-responsáveis por essa tragédia: JACUZI DO BRASIL, AGF BRASIL SEGUROS, CONDOMÍNIO JARDIM DA JURITI. A despeito das provas periciais constantes dos autos, que demonstram claramente a culpa de cada um dos réus, estes têm se valido de todos os recursos existentes em nossa legislação processual para escaparem de suas respectivas responsabildades.
Atualmente o processo encontra-se no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, aguardando a decisão, em última instância, do Ministro Carlos Fernando Mathias.

Dez anos esperando por justiça... Flavia e Odele esperando, esperando...

Que a justiça se faça, que os réus sejam condenados a suprir todas as despesas necessárias para que Flavia tenha a melhor qualidade de vida possível, mesmo sendo isso um nada diante do tudo que lhe foi roubado. Nenhum valor irá ressarcir tanta dor, tanto sofrimento, não há o que pague uma vida roubada. De Flavia roubaram parte da infância, anos de juventude, sorrisos, sonhos, até lágrimas de amor que não viveu. Nesses dez anos que permanece adormecida, aconteceram tantas coisas que ela não pôde saber, das quais não participou, com as quais não se emocionou, presa num sono indecifrável, esse mistério que chamam de coma.

Para você, Odele, deixo uma canção que sempre me faz lembrar de você e da Flavia. Quando a ouço, é como se visse você cantando para ela...


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