Hoje, Dia dos Namorados, aqueles que estão vivendo um amor ficam felizes. Os blogs por onde andei estão bonitos: textos caprichados, poemas, flores, imagens românticas...
Por eu ser um tanto gauche, me peguei pensando sobre as pessoas que estão sozinhas nessa data. E são muitas, podem crer. A ausência do ser amado bate mais forte, a solidão machuca mais que nunca, nas lágrimas, no sorriso desfeito, no silêncio triste. Vivemos cercados por símbolos expressos em datas comemorativas, e sofremos quando neles não estamos inseridos, seja qual for o motivo.
Quem nunca viveu a dor de um amor perdido?! Quem nunca viveu a chegada de um amor não previsto?! Amores vêm e vão nas nossas vidas, alternando sorrisos e saudades, e essa é a beleza da existência, ou não teremos história para contar.
Soneto de Separação
Vinicius de Moraes
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
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Por eu ser um tanto gauche, me peguei pensando sobre as pessoas que estão sozinhas nessa data. E são muitas, podem crer. A ausência do ser amado bate mais forte, a solidão machuca mais que nunca, nas lágrimas, no sorriso desfeito, no silêncio triste. Vivemos cercados por símbolos expressos em datas comemorativas, e sofremos quando neles não estamos inseridos, seja qual for o motivo.
Quem nunca viveu a dor de um amor perdido?! Quem nunca viveu a chegada de um amor não previsto?! Amores vêm e vão nas nossas vidas, alternando sorrisos e saudades, e essa é a beleza da existência, ou não teremos história para contar.
Vinicius de Moraes
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.