Para todos os meus queridos - The show must go on!

30 dezembro, 2009

Apesar de tudo, continuar é preciso...


Freddie Mercury, uma das vozes mais espetaculares do Século XX, intérprete como poucos, além, é claro, de ser o vocalista da minha banda preferida: Queen!



Imagem: Pablo Picasso
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Para Silvana Bianchi, avó de Sean

27 dezembro, 2009
Poucas vezes usei este espaço para expressar minha opinião sobre qualquer fato que não me diga respeito. Gosto de postar músicas, literatura e artes em geral, enfim, coisas que fazem a vida mais bela e delicada.

No entanto, mesmo sem me manifestar aqui, ando cansada da grande mídia, do blá-blá-blá politicamente correto, do ufanismo hipócrita, do sentimentalismo teatral, do superficialismo da informação, da tendenciosidade, da ausência de lógica, e de todas as pragas que vão distorcendo o raciocínio dos preguiçosos mentais. A impressão que tenho é que as pessoas abrem mão de ter sua própria opinião e adotam como verdade tudo que compõe as manchetes sem nenhum aprofundamento sobre a notícia. Alguns por falta de cultura, outros por leviandade.

A gota d'água para mim foi o caso do menino Sean. De um lado, uma importante e poderosa família da área jurídica brasileira, de outro, um pai americano de classe média que luta há cinco anos para ter seu filho de volta.

Venho acompanhando essa história pela Internet desde que o pai da criança decidiu escancarar na mídia o seu drama pessoal. Faz muito tempo já. Ironicamente esse homem se chama David, como o do mito, o que derrotou o gigante Golias. Durante anos, David lutou em desigualdade com os poderosos. Durante anos, David foi privado de conviver com Sean. Durante anos, foi desrespeitado pela mãe de seu filho, pela família dela, e pela família do homem com quem ela se casou aqui no Brasil depois de uma "quase fuga" dos USA.

A mãe de Sean foi a principal responsável por todo esse imbroglio, mas nunca saiu uma linha sobre ela na mídia, ou melhor, saiu sim, "ela morreu no parto da filha que teve com o marido brasileiro", o tal da família rica e poderosa. Na cultura latina quem morre vira santo, ou "boníssima alma", tão comum nos obituários, mesmo que a bondade e o falecido nunca tenham sido apresentados. Então, como esperar que alguém tenha a coragem de publicar que foi a mãe do menino a causadora de tudo que vem acontecendo?

Pessoas casam, separam, casam outras vezes, isso não provoca mais espanto ou censura. Se não tiverem filhos, é como um namoro que acaba, se tiverem, a coisa complica bastante. Como ninguém se separa porque tudo vai bem no casamento, as mágoas existem de ambas as partes, às vezes até ódio. É quase regra os filhos ficarem no centro do fogo cruzado na batalha que os pais travam pela guarda deles e pela partilha de bens.

Até quando vai existir a idiotice de que "mãe é mãe" e pai é "segunda categoria"? Acaso todas as mães são a oitava maravilha do mundo? E o que dizer de um pai que cria muito bem o seu filho sem a presença da mãe? São tantos os exemplos, basta olhar em volta.

No caso de Sean, a mãe está morta, e a avó assumiu o lugar dela na disputa pela criança. Essa senhora passou dos limites depois do embarque do neto na companhia do pai. Teve o desplante de classificar a sentença como "desumana", de posar de vítima, chorando em público o tempo todo por "um" Natal sem o neto, e de acusar o governo pela decisão que ela chama de "moeda de troca" em razão de acordos comerciais Brasil-USA.

Menos, senhora, menos, por favor! Seja justa! Pare para pensar! Enquanto a senhora esteve com seu neto nos cinco últimos anos ‒ Natal incluído - o pai não teve essa mesma alegria. Como a senhora acha que David se sentiu na noite de Natal em cada ano que esteve privado da convivência com o filho? A senhora chora na mídia por um único Natal. David vem chorando por cinco anos... A senhora já criou seus filhos, tem uma neta brasileira, órfã de mãe, dedique-se a ela, deixe Sean ter a chance de conviver com o pai, é direito dos dois tentarem reestruturar a relação que lhes foi roubada pela sua filha.
Sean tem avós também nos Estados Unidos, a senhora lembra disso? Eles tem menos direitos que a senhora? Eles amam o neto também, e faz cinco anos que passam o Natal longe dele... a saudade não é exclusividade sua... a senhora começou a chorar por Sean faz pouco tempo... eles tem chorado por muito tempo...

Não seria bem melhor para o seu neto que as duas famílias vivessem em harmonia?

Ainda está em tempo de corrigir o erro que a sua filha cometeu.
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Saudades...

24 dezembro, 2009
Dedicado a todos os meus queridos que hoje vivem entre as estrelas.



Who can say for certain
Maybe you're still here
I feel you all around me
Your memories so clear
Deep in the stillness
I can hear you speak
You're still an inspiration
Can it be
That you are mine
Forever love
And you are watching over me from up above
Fly me up to where you are
Beyond the distant star
I wish upon tonight
To see you smile
If only for awhile to know you're there
A breath away's not far
To where you are
Are you gently sleeping
Here inside my dream
And isn't faith believing
All power can't be seen
As my heart holds you
Just one beat away
I cherish all you gave me everyday
'Cause you are mine
Forever love
Watching me from up above
And I believe
That angels breathe
And that love will live on and never leave
Fly me up
To where you are
Beyond the distant star
I wish upon tonight
To see you smile
If only for awhile
To know you're there
A breath away's not far
To where you are
I know you're there
A breath away's not far
To where you are
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Duas queridas fazem aniversário hoje

16 dezembro, 2009


Para Odele e Flavia, todo meu carinho.




Música dedicada à Flavia,
desejando que seu sono seja sempre embalado por lindos sonhos onde se sinta livre e feliz.



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Florbela Espanca - Desejos vãos

08 dezembro, 2009


Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o sol, a luz intensa
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!

Mas o mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos céus, os braços, como um crente!

E o sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as pedras... essas... pisa-as toda a gente!...

Imagem: Akira Kaede
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Mengão Hexacampeão Brasileiro!

06 dezembro, 2009
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Caminho de duas vias

01 dezembro, 2009
Liberdade é coisa sagrada a ser respeitada e defendida por todos, não há o que contestar. Nela está intrínseca a democracia, que não é perfeita, até porque perfeição não existe, mas ainda é a melhor das circunstâncias para o desenvolvimento humano.

Há quem pense erroneamente que numa democracia só existam os direitos do cidadão, e que nesses direitos esteja incluída a liberdade absoluta, destituída do respeito ao outro e às regras mais elementares da moral e da ética. Ser livre implica muito mais deveres do que direitos, pois só é livre quem tem consciência do espaço que ocupa e respeita o espaço alheio. Não sendo assim o conflito se instala.

São diversas as manifestações de liberdade numa democracia, e uma delas é a liberdade de expressão. Nos dias atuais, principalmente na Internet, algumas pessoas querem exercer o direito de se manifestarem sem observar o dever de respeito ao próximo. Muitos fazem isso escudados pelo anonimato, o que torna covardes seus atos e palavras, enquanto outros mostram a cara acintosamente, em claro deboche, desafiando as mais básicas regras de convívio social.

Todos podemos fazer o que quisermos, e nada nem ninguém pode nos impedir, mas precisamos não perder de vista que a responsabilidade pelos nossos atos nos será cobrada, de uma forma ou de outra, seja legalmente, através da justiça, seja numa revanche pessoal, e até por nossa própria consciência. Para cada ação, uma reação, isso é fato.

As pessoas não costumam se dar conta do poder da palavra. Por ela nos diferenciamos dos demais seres vivos do planeta. Todo o conhecimento, todas as conquistas, toda a evolução humana dependeu, e ainda depende, da palavra. É através dela que o saber é transmitido, geração após geração, e é com ela que interagimos em qualquer esfera social, expressando opiniões e sentimentos.

Em hipótese alguma sou a favor do cerceamento da palavra livre, mas defendo que cada um responda pelas próprias palavras. Falou, escreveu, tornou-se responsável pela obra, para o bem e para o mal, sem exceção à regra.

A liberdade de expressão não tem e não deve ter limite, como qualquer outra forma de liberdade, pois se tivesse não seria mais liberdade, porém cabe a cada um decidir até onde tem cacife para permanecer no jogo...
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