Ozzy Osbourne - A lenda

04 abril, 2008
É impossível falar de uma lenda viva como Ozzy Osbourne - a qual se espera 13 anos para ver - sem ser parcial, emotivo e acima de tudo: um fã fervoroso.

Com bandas de abertura como Black Label Society (tendo como frontman Zack Wylde, guitarrista de Ozzy) e o ícone do 'nu metal' Korn, foi uma noite inesquecível para a quase totalidade dos roqueiros cariocas presentes na HSBC Arena.

A presença de palco, o carisma transbordante e a sabedoria de um veterano ao lidar com um público que praticamente todo nunca o viu, são fatores determinantes para garantir o sucesso de uma noite como a que foi. Eu tive a oportunidade de ver um Ozzy tão louco quanto esse em 1995, porém não tão emocionado, não tão rendido ao público como ele estava. O jogo estava ganho, ele entrou em campo já com a vitória garantida. Sua banda também demonstrava essa empolgação extra, principalmente o baterista Mike Bordin, o que provava que não seria um show qualquer. Um pouco mais longo do que os outros show dessa atual turnê, contou com 15 músicas (uma a mais do que o normal).

Repertório impecável, com apenas 3  músicas - muito bem escolhidas - do álbum mais recente Black Rain, destacando-se a bela balada 'Here for You', que mesmo sem ser conhecida ainda do público em geral, provocou aplausos reconhecedores de que o velho Madman ainda está lá, fazendo música boa.
Duas gratas surpresas foram 'No More Tears', ao lado dos já manjadíssimos e esperados hits da carreira solo dele, 'Crazy Train' e 'Mr. Crowley'; e ao lado de 'Iron Man' e 'Paranoid' dos tempos de Black Sabbath. Houve espaço para 'War Pigs' surpreendentemente cantada em uníssono por um público de 3 gerações.

Ozzy velho?! Talvez os 59 anos de tantas drogas e excessos cometidos no auge da era mais rock 'n roll que a humanidade já conheceu (leia-se anos 70), pesassem para qualquer pessoa, porém, para Ozzy, a sua falta de coordenação e agilidade não o impedem de ter uma ótima performance, cantar bem e ainda agitar o tempo todo. Foram incontáveis baldes d’água jogados no público. Público, é claro, que nunca irá esquecer: "Fui molhado pelo Ozzy p****!!", "Inacreditável", "O cara é maluco". É cara pálida, estamos no show do Mr. Madman.

O ponto alto da noite foi, sem dúvida, o mais insano que vi em 27 anos de rock 'n roll. A banda tocava a última música, 'Paranoid', quando logo após o solo Zack Wylde jogou a guitarra, uma Gibson personalizada, para o público à sua frente e, 2 segundos depois, resolveu se atirar junto, não sei se a fim de pegar a guitarra de volta ou fazer um mosh meio irresponsável com um público enlouquecido e agitado. Infelizmente, no Brasil, as coisas não funcionaram como ele talvez esperasse e é óbvio, que a guitarra voltou - depois de muita luta e esforço por parte dos seguranças - quebrada no braço e sem nenhuma corda, evidentemente. Zack levantou a guitarra resgatada como se fosse um troféu, mostrando para o público urrar comemorando a selvageria e sob os olhares arregalados do chefinho Ozzy, que à essa altura nem estava mais pensando em nada, a não ser descansar, assim como eu.

Set list:
I Don't Wanna Stop
Bark At The Moon
Suicide Solution
Mr. Crowley
Not Going Away
War Pigs
Road To Nowhere
Crazy Train
solo (Zakk Wylde)
Iron Man
I Don't Know
No More Tears
Here For You
I Don't Want To Change The World
Mamma I'm Coming Home
Paranoid

Review: Pedro Vernieri

comentários

  1. mto bom relato, ele escreve bem paca.
    tem blog?
    bjs Laura
    vou mandar pro meu filhote

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  2. Betty

    tenho nojo desse cara ,eca!!


    saudades linda!

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  3. BETTY

    o Pedro escreve bem. Pensei que ele tivesse blog. Se tem me dÊ O ENDEREÇO QUE QUERO IR LÁ.
    Quanto ao cantor, não posso falar sobre por que nunca me interessei por ele. A lembrança que tenho é dele e a faamília toda num reality show, creio.
    E li sobre num site onde mostrava até algumas imagens.
    Beijos e dias felizes

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  4. Gostei dessa reportagem/post, Betty!
    E o garoto leva jeito. Vai ensinando o caminho das pedras aí pra ele. Se tiver metade do talento da mãe, já tá bão demais, uai!!!!!!!
    Bjoooooooossssssssssssss!!!!!!!

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  5. Nossa!! O rapaz é ótimo mesmo. Não gosto muito do Ozzy, mas algumas músicas eu adoro. Beijocas

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  6. Quando ao Ozzy, nao posso falar muiito, conheço pouco, mas gosto do pouco que conheço.O Pedro conseguiu expressar toda sua admiraçao e despertar em quem le desejo de conhece as obras citadas!
    ótimo Blog!
    voltarei mais vezes!
    Beijoos vizinha! hehe =D

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  7. Sempre gostei do que o Pedro escreve sabia?
    Desde aquele blog antigo dele, ainda o tem?
    Uma coisa que marca no que ele escreve é a força das opiniões, independente se elas agradam ou não. Isso hje em dia é uma raridade!

    Faz tempo que não ouço Ozzy Osbourne, li muito esses dias sobre a vinda dele ao Brasil, e pelo que o Pedro escreveu, foi um bom show, em especial para fãs, como ele.

    Um beijo aos dois, com carinho, Cris

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  8. De passagem para desejar um optimo fim de semana... É claro que li o post, bem escrito, mas não sou fã do Ozzy...

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  9. Betty,
    Passei pra te deixar um abraço.

    E um beijo.

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  10. Adorei o post, Pedro, muito bem escrito! Eu sempre gostei de rock pesado, apesar de que com meus 40, agora tô preferindo um jazz. Ozzy na verdade me enojava um pouco com suas performances macabras no palco, mas é o seu estilo. Gosto de algumas músicas da época do Black Sabath, mas nunca fui ao show. É muito legal quando um artista consegue reunir três gerações, isso é de tirar o chapéu e não é pra qualquer um.
    Beijos,
    Rosana

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  11. Betty

    Não sendo muito versado nesses assuntos, passo para te deixar um abraço e desejar uma boa semana!

    Luiz

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  12. Pois olha o que é a vida! Comecei a dar bola pro Ozzy por causa do meu filho quando ele tinha seus 12 anos. Ele cresceu, tem 28, mora em São Paulo ...e não foi no show. Fiquei eu aqui, frustrada por não ter conseguido ir. Vai entender.bj

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  13. Adorei o relato que aqui fazes!
    Sobre o rapaz, não que eu seja um bom crítico nesta área, já tive a sorte de o ouvir e gostei.
    Quanto ao futuro, terá que ser ele a puxar. Pois ficar encostado às saias da mãe, não lhe trará muitas vantagens, por que se assim não for, ele passa sempre a ser o filho da outra e não ele próprio.
    Parabéns. Adorei ter lido este post, pois embora não pareça, ele contém algo de muito importante para além do seu próprio sentido.

    David Santos

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  14. Inveja,,,,,,

    É o único sentimento que me passa pela cabeça ao ler seu post...

    Sharonnn! Rock and roll!!!!
    Beijos

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  15. O SIDADANIA, convida-o a participar num debate sobre os primeiros tempos na vida de um infectado pelo vírus da SIDA.

    Escreva um texto , ou copie um texto publicado noutro blog e coloque-o no seu blog. Faça parte deste projecto que tem como missão ensinar e preparar as pessoas para quando uma adversidade lhes bate à porta, poderem agir sem dramas, sem traumas e sem apontar o dedo culpado, para ajudar aqueles que precisam de si naquele momento.

    A solidariedade passa, por aprendermos a ajudar aqueles que precisam do nós, quando a vida lhes passou uma rasteira e estão num beco aparentemente sem saída para eles.

    Lembre-se, que ninguém tem um escudo protector, e que não está isento de um dia sob a forma de SIDA , ou de outra patologia qualquer, a adversidade pode-lhe bater à porta.

    É preciso estarmos preparados Participe, junte-se a nós

    Um Abraço do Paulo

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  16. Olá Betty

    Outro abraço!!!

    Luiz

    PS>Volte logo, amiga!

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  17. Betty, por onde anda você que não mais a vejo.
    Por favor, dê notícias.

    beijos

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  18. Betty

    Estou com saudades de vc!!

    beijos

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  19. Betty amiga espero que esteja tudo bem com você. Tem no Nothingandall ium desafio (de associação de plavras) que espero que aceite. Afinal á há bom tempo que não tem um post novo. Bom e poético fim de semana :)

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  20. Betty minha linda,

    Estou tomando a liberdade de enviar um comentário padrão para todos os blogs que eu amo de paixão. O motivo é que resolvi encerrar o meu blog por motivos pessoais. Não tenho mais condições de participar da blogosfera do jeito que eu gosto, mas não vou ficar para todo sempre distante. Por favor, leia o meu último post que explica a minha razão.

    Beijocas

    Yvonne

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  21. Saudade Betynha!

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  22. Também fui a este show!
    Memorável!!!!

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  23. Eu fui nesse show e fiquei na grade! Bom demais! Só achei que o Zak Wilde ficou com a maior cara de puto quando devolveram a guitarra toda quebrada... (rs) que cara mais louco!

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