
Por eu ser um tanto gauche, me peguei pensando sobre as pessoas que estão sozinhas nessa data. E são muitas, podem crer. A ausência do ser amado bate mais forte, a solidão machuca mais que nunca, nas lágrimas, no sorriso desfeito, no silêncio triste. Vivemos cercados por símbolos expressos em datas comemorativas, e sofremos quando neles não estamos inseridos, seja qual for o motivo.
Quem nunca viveu a dor de um amor perdido?! Quem nunca viveu a chegada de um amor não previsto?! Amores vêm e vão nas nossas vidas, alternando sorrisos e saudades, e essa é a beleza da existência, ou não teremos história para contar.
Vinicius de Moraes
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Betty:
ResponderExcluirLi vários blogs hoje e apenas em dois deles achei falas sobre estar ou ficar sozinhos. Acho que esta é uma posição mais constante do que estar juntos.
Nem por isso, também, devemos deixar de exaltar o amor, que nada tem a ver com o dia, que é comercial.
Betty querida,
ResponderExcluirSempre bom vir aqui e ver um novo post...
Realmente amiga, uma boa colocação, ainda mais com Vinícius de Moraes, não é mesmo?
Adoro esse soneto e todos os outros que fazem a grande obra de Vinícius tão única...
Bela lembrança...
É sempre bom ler Vinícius...
Saudades querida,
Beijo carinhoso,
Cris
P.S.: Tem post novo!
Querida Betty: Você revela uma grande sensibilidade e este soneto da Separação (em Dia dos Namorados ... em Portugal a data é outra) pois claro faz parte da História da Literatura em língua portuguesa. Grande Vinicius !
ResponderExcluirObrigado pela sua visita sempre amiga ao meu blog e conforme pedido, os poemas do Pessoa e do Eugénio de Castro já lá estão.
Adorei..amo Vinicius!
ResponderExcluirEu ouvi uma pessoa dizendo que no ano que vem não passaria a data sozinha, e que encontraria o grande amor de sua vid aesse ano..
ResponderExcluirBoba dela, que não sabe que um grande amor não tem data, hora, nem avisa quando vai chegar...
Mas talvez ela prometeu isso pq não quer mais se sentir sozinha...
Ótimo poema, não conhecia..
Um beijo
QUE LINDO!
ResponderExcluirSAUDADES!
:)
elisabete cunha
Betty, entendi perfeitamente o seu sentimento.
ResponderExcluirVivo-o também, por dentro demim.
beijos
Betty: vc frisou um detalhe muito impotante...neste dia...que não é feliz pra todos!!!Beijos diretamente do meu Cotidiano.
ResponderExcluirMinha tão querida e doce amiga Betty,
ResponderExcluirBelíssimo texto com o belíssimo soneto do nosso magistral Vinícius de Moraes.
Há um mimo para ti no meu espaço!
Beijos na sua alma,
Betty, como já comentei nos posts mais recentes, comento este. Gosto muito do Vinicius. Gostei do enfoque que você deu ao falar dos solitários. Parabéns. Bom final de semana.
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