
Apesar de ser um bicho urbano - nasci e me criei na cidade do Rio de Janeiro, tenho fases de me recolher. Gosto da proximidade do mar, do cheiro de maresia, da brisa que corre na orla, de olhar o horizonte e me deslumbrar com o pôr do sol, mas não de areia, nem de claridade e calor excessivos. O Rio só conhece duas estações: o calor e o verão; terminantemente, não me adapto a esse clima!
Mudou o calendário, festejou-se o novo ano como se a mera mudança de data pudesse transformar o mundo e a existência de cada um. Ilusão... Quando amanhece o primeiro dia de janeiro tudo está como sempre esteve, a luta pela vida continua, com todas as peças do jogo no mesmo lugar, do jeito que foram deixadas na noite anterior. Vale a festa pelo significado simbólico, esperança de tempos melhores, luzes dos fogos a iluminar o céu, beleza do momento, enfim. Não participo porque não vejo sentido para tanta euforia e não me sinto bem na multidão que se forma pelas praias e ruas, quase toda movida a álcool e drogas. Não, isso nada tem a ver comigo.
O ser humano não tem muito a comemorar, perdeu o rumo em meio à indignidade. A realidade costuma ser difícil de enfrentar, e muitas pessoas, num mecanismo de defesa, preferem fingir que tudo vai bem. Aquelas que não conseguem ser alto astral o tempo todo, entre as quais me incluo, vão ficando reclusas a pequenos guetos, porque ser gauche está fora de moda, destoa da falsa alegria reinante.
Se a humanidade não mudar de rumo, sei não...
Betty, que bom que você pode descansar assim em algum lugar mais parecido com o paraíso. Essas temporadas de mergulho na natureza sempre renovam as energias, acalmam a alma e limpam nossos olhos cansados de tanta feiúra das cidades.
ResponderExcluirConcordo com você sobre a passagem do ano. É tudo tão vazio e despido do verdadeiro sentido da renovação! Mais um feriado apenas e desculpa para excessos.
Imagino que no início de cada ano deveríamos pensar em como podemos sr melhor do que já fomos, mais úteis, mais amorosos conosco, com o próximo, com o planeta.
Porém, para isso, ninguém tem tempo.
beijos, bom domingo.
Betty querida,
ResponderExcluirQue bom tê-la de volta!
Estar em meio à natureza é sempre um grandioso presente, sem sombra de dúvidas, o silêncio, a paz, e todos os sentimentos bons que conseguimos dela sentir, alguns que estão dentro de nós mesmos, e por vezes nessa correria do dia a dia, deixamos de sentí-los, deixamos de viver. Adoro o mato, adoro pisar nos gravetos, sentir o cheiro de perfume inigualável que a mãe natureza nos presenteia...
Fico feliz ao saber que seus dia sforam bons, tranquilos, nós precisamos muito disso!
Na passagem de ano eu também sempre prefiro o refúgio, não gosto de festas, multidão, estive em Angra por 04 dias, mas refugiada em um lugar onde não se vê nada além do mar a sua frente e as pessoas que lá estavam comigo, foi bom, e temos um ano inteiro pela frente, que já tomou velocidade e segue seu rumo, implacável!
Ainda tenho esperanças sim Betty, esperanças na humanidade, esperanças em nós mesmos, estou vivendo um período de transformações e tenho me conhecido mais com ele, tem sido bom, o que só afirma que a vida é um constante aprendizado e nós nada somos senão fizermos nada para ajudarmos aquele que está ao nosso lado, pois no final, estamos ajudando a nós mesmos...
Desejo que em 2008 a paz seja uma constante em sua vida,assim como a saúde, a amizade, e o amor, em especial: Que a nossa amizade se fortaleça, pois eu gosto muito de você e a admiro muito!
Um beijinho carinhoso,
Cris
Betty querida,
ResponderExcluirQue bom que a sua ausência foi por um motivo mais que merecido - o paraíso! Eu também adoro o cheiro do mato e o frescor do verde. Infelizmente eu acabo indo mais pro mar que pro mato, mas também pude descansar e recarregar as energias num mar calmo e limpo. Concordo inteiramente com você quando diz que o ser humano não tem motivos pra comemorar. Como disse a Saramar, deveríamos mesmo pensar em como melhorar em vez de comemorar desta forma alienante, que é o que a maioria faz. Por outro lado, há uma parcela de pessoas que está cada vez mais consciente do momento que passamos e que luta, cada um à sua maneira, para que esse planeta dê certo e que possamos dar um futuro melhor às gerações futuras. A luta não é fácil, mas, como você, eu preciso acreditar!!! Que 2008 seja um ano de realizações e muita luz pra você e sua família.
Beijos,
Rosana
Saramar. Ontem, um amigo querido me assustou dizendo que, em breve, viveremos as cenas de vários filmes sobre o fim do mundo, em que multidões fazem arrastão a toda hora, vagando pelas ruas, sem sentido, sem amor, sem nada. Triste, mas é verdade.
ResponderExcluirFeliz de você que teve este espaço de verde e ar puro para aproveitar.
bj
Betty. Voltei porque os neurônios estão ruins e te chamei de Saramar, por ato falho, já que li o nome de nossa amiga aqui ao lado.
ResponderExcluirDesculpa, querida. Quem precisa de ar puro e verde sou eu.
As vezes fico imaginado o que se comemora tanto
ResponderExcluirAté que enfim leio uma opinião parecida com a minha sobre as festas de fim de ano, Betty! Feliz retorno ao grande mundo das indústrias, dos shoppings e dos corações partidos!
ResponderExcluirBjo!
Betty
ResponderExcluirVocê é especial, te entendo!
beijos mil!
Betty, eu rompi o Ano Novo dormindo. 2007 não foi legal assim mas o suficiente para eu sentir que a HUmanidade caminha ladeira abaixo. E tem hroas que tenho a sensação de que já morremos e ainda nao descobrimos, tal é a doideira que Mundo se transformou. Guerras e mais guerras, crianças morrendo a troco de nada e assim vai-se vivendo. Eu gostaria mesmo ear d ever um dia, oPlaneta rompendo o ANo Novo em total silêncio.
ResponderExcluirSilêncio de pura reflexão.
No entanto, enquanto há vida há esperança.
E se perdermos essa tornamo-nos um molando vivo.
Feliz retorno e a sua narrativa dá-me ssaudade.
De uma infância assim...livre, leve e solta...
Beijocas
Dias felizes
Grace Olsson
www.eueorenascerdascinzas.blogspot.com
Tô sempre ao seu lado!
ResponderExcluirbeijão!
Oi, amiga que bom ler vc denovo e saber que deu um tempo a si mesma, fico feliz com essa saída sua..beijos Cris
ResponderExcluirPoxa, faz tempo que necessito de um descanso assim. Mas no post, você lembra-nos muito bem que o real significado da passagem de ano já ficou prá traás faz tempo, só mais um feriado, nada mais! Até
ResponderExcluirBetty, que bom que você descansou. Eu não estou muito bem, mas espero melhorar até o final da semana. Já não agüento mais tossir. Beijocas muito cansadas
ResponderExcluirDeixo um beijo!
ResponderExcluirRECEBI SEU LINDO EMAIL!
OBRIGADA!
Eu concordo inteiramente que a euforia é movida a álccol e drogas e por isso não participo fora as cenas sem próposito de fazer mandinga como se isso fosse mudar a vida, não gosto também.Mas eu acho que está muito longe o dia de destruir-se este planeta.Antes disso ele acaba com o ser humano que se julga intocável pela natureza.Espero!
ResponderExcluirhttp://somagui.zip.net
Elisabete
ResponderExcluirIsso é que é amizade, mesmo sem post novo vem me visitar!
Obrigada eu, por merecer seu carinho.
Um beijinho carinhoso.
Cristina
ResponderExcluirNossa amizade é sincera e forte, venceu o tempo e o espaço, resistiu aos fluxos e refluxos da maré.
Adoro você, amiga de toda vida!
Ronald
ResponderExcluirSe está precisando descansar, dê um tempo a si mesmo. Vai retomar a luta do cotidiano com mais energia e equilíbrio. Não protele!
Um beijinho carinhoso.
Yvonne
ResponderExcluirEstava sentindo sua falta. A blogosfera sem você não é a mesma, com certeza.
Melhoras, amiga! Volte logo!
Um beijinho carinhoso.
Concordo,
ResponderExcluirApocalipse Now.
Em uma esquina de uma rua qualquer de uma cidade esquecida por Deus.
Encontraremos o criador.
abs.
Magui
ResponderExcluirÀs vezes, acho que os humanos destoam em meio a natureza, embora existam exceções. Talvez você esteja certa, a natureza permanecerá, nós é que seremos destruídos por ela...
Um beijinho carinhoso.
Bandeiras
ResponderExcluirEsse encontro parece que não vai tardar. Tomara que estejamos erradas.
Um beijinho carinhoso.
Querida amiga tem total razão no que diz. Mas há que ter uma força optimista. É por isso que recordo sempre «Quero, terei, se não aqui noutro lugar que ainda não sei. Nada perdi, tudo serei» do grande Fernando Pessoa...
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