Apenas uma remota esperança

02 novembro, 2008
Houve um dia em que eu fazia planos para um futuro que imaginava lindo. Esse dia já vai longe. Tanto vi e aprendi na minha jornada... sonhos, projetos, crenças, alegrias, tristezas, perdas, conquistas, decepções...

Penso nos que estão começando a viver, penso em meu filho, nos filhos de todos, e sinto uma tristeza imensa pelo que está por vir.

O mundo, cada vez mais, vai se tornando inóspito, as pessoas rumam para lugar nenhum. Há alguma coisa no ar que me assusta, não sei explicar, apenas sinto. A humanidade parece uma experiência malsucedida.

Não quero dizer que "no meu tempo era melhor", porque nem sei se era realmente; apenas as coisas da vida se definiam de maneira mais simples e éramos mais ingênuos. Hoje recebemos um volume de informação muito maior do que podemos reter, fator determinante da angústia e ansiedade que nos aflige. A vida acelerou tão de repente que nem tivemos tempo para aprender a lidar devidamente com as constantes mudanças em nosso cotidiano. Queremos tudo e temos nada, estamos vivendo na superficialidade, nos tornando "profundos conhecedores de coisa alguma".

Apesar de ter avançado tanto na ciência e na tecnologia, o ser humano ainda se encontra na adolescência do desenvolvimento emocional. Nossa evolução ainda não atingiu uma distância razoável do primitivismo atávico. Por isso existem as guerras e os conflitos interpessoais.

Há de haver uma saída. Esperança, ainda que remota, é só o que nos resta...

comentários

  1. Assino embaixo, Betty!
    Bom, sou leitor de Schopenhauer, desde aqueles tempos a que você se refere.
    E hoje, enquanto já festejam a vitória de Obama (eu também!), fico com medo, lembro dos Kennedy, de Luther King, até de Reagan, ou Gandhi, Lennon...
    Será que nada muda mesmo? "Change we need" é o slogan de Obama. Vão deixar o homem viver pra mudar?

    Já a mudança visual de seu blog ficou daqui, ó!
    Bjoooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!

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  2. Betty...é muita informacao para pouco tempo. Nao tem cabeca que aguente. Outro dia, eu entrei na itnernet 3x e nao sabia mk
    mais o que ler de tanto que já tinha lido naquele dia.
    Amiga, fiquei tao fastiada, d emwente cansada e concluí, logo em seguida, que tinha lido muito0 mas a mente nao conseguira apreender muito.
    A esperanca vai se esvaindo á medida em que vemos que o homem continua andando de 4...Ainda nao evoluiu mas acha que chegou8 ao topo.
    Bjs e dais felizes

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  3. Betty

    Vc esta ensimesmada, reclusa, isto e bom, mas, tambem se fica deprimida e o mundo fica mais preto e branco.

    Tenho 50 anos e acho que era pior, a falta de informacao, o que continua ruim hoje e a falta de respeito com o ser humano, ta pior, isto sim.

    Somos primitivos, e como disse saomente a longo prazo ... talvez.

    Bom para refletir seu post.

    Tambem, estou aqui me segurando para gritar, se o o Obama ganhar, no comeco, tinha minhas restricoes, mas vendo o outro lado, desisti.

    O meu maior receio e de muitos americanos e matarem Obama, caso ele assuma, ai isto aqui, vai afundar de vez.

    Forca, garota.

    Beijinhos e boa semana.

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  4. Betty, eu me sinto assim muitas vezes. Quando comecei com o blog, eu postava de segunda à sexta. Depois passou a ser segundas, quartas e sextas. Agora é segunda e quinta. Isso sem contar o período que fiquei ausente.

    Acho que o mundo está doido demais, muitas informações que só trazem desânimo também.

    De qualquer forma, temos que continuar lutando, porque a esperança é a única coisa na vida que não pode morrer.

    Beijocas

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  5. Minha querida Betty,

    Um belo texto, pois é muito verdadeiro.
    Me sinto como você, em relação a tanta coisa! Gostaria de ter tantas respostas, e certezas...mas é algo tão impossível...Então, só nos resta mesmo ter esperança, e não deixar de acreditar, por mais difícil que seja manter esse sentimento.

    Sempre bom vir aqui, e ler seus posts, é bom tê-la em nosso meio, você é uma pessoa muito especial.

    Beijinho carinhoso querida, Cris

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  6. Betty,
    Você pode me achar muito "Polyanna", acho que sou mesmo. Ler tantas notícias ruins nos jornais traz muito desânimo, mas notícia é notícia ruim que vende. Entramos em contato com o que há de pior através dos meios de comunicação, mas e o que há de bom? Há muita gente trabalhando pelo bem, pela melhoria das coisas, mas isso não aparece ou pouco aparece. Estamos vivendo uma época de muita turbulência, mas não podemos desanimar porque o bem também está aí à nossa volta!
    Beijos,
    Rosana

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  7. Betty:
    Ótima reflexão. Mas temos de levar em conta que, a cada tempo, cada um faz o seu próprio caminho. Foi assim conosco, será assim com nossos filhos. As escolhas são nossas e, no meu caso, não lamento o que fiz, olhando o passado com tranquilidade e ainda crendo no futuro.

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  8. Oi Betty,
    Cade você?? Tá tudo bem?
    Bjs,
    Rosana

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  9. Oi Betty

    E ai, tudo bem?

    Beijinhos

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  10. Querida Betty, um texto de reflexão e de mágoa pelo «pouco que o ser humano evoluiu na Terra» e de associação desta percepção com o Mundo de Informação. Bastante interessante sem dúvida. Mas sem podermos estar conformados com o rumo das coisas não creio, apesar de tudo, que o mundo esteja pior do que foi há 100 anos, 500 anos, 1000 anos...
    Quanto à importancia da informação o texto me fez lembrar um episódio histórico passado em Portugal aquando da revolução que implementou a republica : Cândido dos Reis, um dos promotores, pensando que o golpe falhara suicidou-se. Ma manhã seguinte a Republica era implementada em Portugal a 5 de Outubro de 1910. Por isso creio que a informação é essencial ainda que, naturalmente, não a possamos «digerir» toda.
    Um excelente fim de semana e votos de um «astral» mais positivo. «Essa tristeza imensa pelo que está por vir» entristeceu-me, acredite... Flores, sorrisos e ...poesia!

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  11. Querida Betty,

    Há dias em que é preciso mergulhar fundo dentro de nós mesmos para poder resgatar a esperança de lá. Porque sem esperança, não dá.

    Deixo um forte e carinhoso abraço pra você.

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  12. Oi, Betty!
    Gostei muito da sua visita, que me deu uma oportunidade de conhecer o seu espaço, com o qual muito me identifiquei. Acordei hoje fazendo essas mesmas divagações sobre os caminhos que a nossa vida vai tomando ao longo do tempo; passeei pelo seu blog e fui me identificando com cada linha que você escreveu; Emocionou-me muito o caso da sua filha, Flávia e a sua luta pra que se faça justiça, que não deve esmorecer jamais. Não podemos nos conformar nunca com o que acontece neste país, que julga os réus à revelia do seu poder econômico, político e social, confrontando abertamente a nossa Constituição. Aqui em Recife, há alguns dias, aconteceu um caso idêntico com uma menininha de nove anos, num clube local, a qual, infelizmente, veio a falecer lá mesmo, dentro da piscina, que foi desligada enquanto ela ainda nadava, o que fez com que ela fosse sugada pela pressão do ralo. Uma tragédia!
    Tentei publicar no meu blog aquele alerta sobre os desaparecidos que ví no seu, mas não tive sucesso (sou uma anta em matéria de informática e de html, então, nem se fala!), mas vou continuar tentando até acertar, pois fiquei muito entusiasmada com a idéia.
    Obrigada pelos elogios e pela visita. Gostei muito, de verdade!

    Grande abraço, nova amiga!

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  13. Bettynha, estamos passando lindamente... Somos agora o Old Man River, que sempre imaginei como um velhinho sentado na beira do Mississipi, mas agora sei que Old Man River é o próprio Mississipi... Então somos isto: um rio que tem começo, meio, mas que nunca tem fim...

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